
"Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo."(Bernardo Soares-Livro do Desassossego)
Um campo de energia invisível. Uma explosão de tempo que perpetua o brilho no negro. Nem um som, e no entanto explosão.... só uma estrela que morre... Depois, bem vistas as coisas é só o brilho que efectivamente exerce todo o fascínio. Não a complexidade ou a simplicidade, só o brilho...
Perfume cor-de-rosa de verão daqueles muito frescos e agradáveis. Limonada com gelo numa varanda vermelha.
Música distante ou música do acaso. Querer muito em vez de querer bem. Nada em vez de não querer tudo.
A vida de uma pessoa comparada com a vida do universo. Tudo matéria de um mesmo sonho abrangente demais para ser verdadeiro... Personagens de uma história sem início nem fim. Completamente sem saída. E no segredo.
Um fogueira acesa no fim do Outono, ao fim da tarde e o cheiro a castanhas e a folhas caídas. Um abraço de lã macia à entrada de uma porta de vidro fosco.
Uma tempestade no mar de inverno. Um sorriso prateado. Casaco cor de café quente ao vento num jardim quase abandonado.
Uma árvore cheia de camélias tão brancas e frias a chover por cima.
Vestígios de uma conversa de há cem anos atrás numa varanda cinzenta cheia de escritos sem nexo.
Subir silêncio verde das montanhas com as mãos dadas ao nada.
Todo um universo de sensações, recordações que nem sabe que existiu um dia... Nem que muito brevemente deixará de existir.
Perfume cor-de-rosa de verão daqueles muito frescos e agradáveis. Limonada com gelo numa varanda vermelha.
Música distante ou música do acaso. Querer muito em vez de querer bem. Nada em vez de não querer tudo.
A vida de uma pessoa comparada com a vida do universo. Tudo matéria de um mesmo sonho abrangente demais para ser verdadeiro... Personagens de uma história sem início nem fim. Completamente sem saída. E no segredo.
Um fogueira acesa no fim do Outono, ao fim da tarde e o cheiro a castanhas e a folhas caídas. Um abraço de lã macia à entrada de uma porta de vidro fosco.
Uma tempestade no mar de inverno. Um sorriso prateado. Casaco cor de café quente ao vento num jardim quase abandonado.
Uma árvore cheia de camélias tão brancas e frias a chover por cima.
Vestígios de uma conversa de há cem anos atrás numa varanda cinzenta cheia de escritos sem nexo.
Subir silêncio verde das montanhas com as mãos dadas ao nada.
Todo um universo de sensações, recordações que nem sabe que existiu um dia... Nem que muito brevemente deixará de existir.